segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ciúme: amor ou posse?

Ciúme: Amor ou Posse?
Uma pergunta.
Sobre assuntos distintos.

São de diferentes dimensões, emocionais e sentimentais. O senso comum responde a todos como se fossem iguais, ou correlatos.

Ciúme pode ser comparado a um conflito psíquico, complexos, compulsão que podem ser denominados como algo fora de controle, exageros de pensamentos obsessivos e muitas vezes, até devaneios.

Ciúme tem a ver com paixão, que quer dizer um olhar, um sentir cego para nós mesmos, é a impossibilidade de não podermos nos ver, e refletimos no outro o que admiramos em demasia em nós, ou em nossos sonhos de ser.

Com o ciúme fantasiamos um relacionamento de uma via única, por isso é difícil nos desligar, nos trás uma sensação de algo perigoso em que sentimos prazer mesmo que mesclado de dor e quanta dor.

É um apelo de um apego infantil, uma atração que nos faz escravos, que nos prende, é o oposto do que pensamos, com a intenção de segurar, quando nós quem ficamos presos.

O ciúme é uma distância de si mesmo, uma solidão diante de uma ilusão.

Posse é imaginar que algo me pertence e que está ao meu bel prazer, que deve explicações, que deve suprir minhas necessidades e expectativas.

Podemos confundi-lo com posse, em ter, em obter, em possuir, estar sob minha guarda, o outro não existe somente, a sensação de poder.

De tal maneira que não se percebe o outro como realmente é e, diante disso nem a si mesmo.
Há necessidade de controle, de auto-afirmação.

Esse poder sobre o outro a faz entrar em padrões “de ter que manter” e que acaba causando sofrimento. Novamente, uma solidão diante de uma ilusão.

Amor é algo sublime, superior que nos faz sentir liberdade e confiança e, essa não vem de fora, não vem do outro. Está dentro de si mesmo.

O amor não necessita de ninguém, é um sentimento individual algo único que pode ser compartilhado.

O amor não teme, não tem apego nem a sensação de poder. Sentimento do coração, da alma, independente até mesmo da troca, é intimo e individual.

O sentimento do amor não nos faz perder a identidade. Vivemos somente a realidade.

Essa é a importância de nos auto-conhecer, ser quem somos, saímos da hipocrisia do esperado, rompemos a barreira da ilusão, sentindo o outro como acréscimo em nossa vida. O ser amado tem uma importância incalculável. Mesmo distante ou separado o sentimento do amor não é abalado.

O que acrescentamos e vivenciamos através dos acontecimentos não tem mais a haver com o sentimento de amar.
O amor tem seu lugar específico, pode ser transformado, mas não anulado.

O amor não é somente um estado de espírito, é algo maior que nos faz voltar para nós mesmos, percebermos nossa sensibilidade, que nos facilita a compreensão do bem querer e com isso a possibilidade e espalhá-lo por tudo em que tocamos.

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